Quem duvida que o silêncio fala nunca olhou nos olhos de criança carente,nem de idoso que pede atenção ou dos solitários que vivem atropelados por multidões e,ainda assim, sentem-se sozinhos.
Há muito grito num olhar que não entende a vida, que teme as despedidas,que,por escolha ou timidez,prefere se calar diante de uma injustiça. Há discursos intermináveis em lagrimas escorridas.
Não é porque as pessoas se calam que elas não têm nada a dizer. Não é porque não dizem,que não vivem. Dói muito mais em quem guarda tudo em si que em quem exterioriza.

Tudo o que não dizemos,mas sentimos no fundo,maltrata a nossa alma e modifica nosso comportamento. Precisamos aprender a exteriorizar o que nos insatisfaz antes que essa insatisfação nos leve para um barco sem fundo.
E precisamos estar atentos às palavras não ditas dos nossos pais,filhos,colegas,amigos e a metade escolhida pelo nosso coração.
Toda mudança de comportamento pede muito mais nossa compreensão que nosso julgamento.
E abrir os ouvidos do coração aos que nos são caros é muito mais que ter a arte de saber ouvir,é possuir a grandiosa arte de saber amar.
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